Floriano Martins (Fortaleza, 1957) é poeta, editor, ensaísta e tradutor. Tem dedicado
parte significativa de sua vida intelectual ao estudo e à divulgação da
literatura hispano-americana, sobretudo no que diz respeito à poesia. Foi
editor, junto com Cláudio Willer, da Agulha
Revista de Cultura (1999-2009). Organiza o projeto on-line Banda Hispânica, banco de dados
permanente sobre poesia de língua espanhola, que integra o Jornal de Poesia. Nesta entrevista, respondida por e-mail, Floriano
fala de revistas culturais, da poesia brasileira e de um tema que lhe é muito
caro: o surrealismo.
Wanderson Lima: Como você chegou à poesia, ou melhor,
como a poesia chegou a você?
Floriano Martins: A que horas uma bateu na porta do
outro. Bom, não sei se entramos na vida um do outro precisamente pela porta. Sei
bem que não foi pela porta da literatura, ou ainda mais principalmente pelo
meio literário. Recordo a bagunça que era a biblioteca de meu pai, com livros e
revistas e jornais de toda ordem. De poesia, por exemplo, havia apenas o volume
dos sonetos de Shakespeare e um exemplar do Paraíso
perdido de Milton. Do ponto de vista literário, fui criado entre romances e
gibis, inclusive as inúmeras adaptações de clássicos da literatura mundial para
o formato fotonovela, bastante comum na época. Mas recordo com grande força a
maneira como entraram em minha vida a música, as artes plásticas e o teatro. Creio
que foi através dessa mescla desprovida de qualquer forma de preconceito que a
poesia foi me estendendo a mão. Comunhão de valores e descobertas, e não
limitação a cânones ou segmentos de qualquer ortodoxia. Evidente que ter
convivido na adolescência com gente de música e teatro, assim como haver
abandonado a escola foram aspectos que enriqueceram ainda mais a minha relação
com a poesia.
WL Como você avalia a atuação cultural
da Agulha Revista de Cultura nos
dez anos em que esteve ativa (1999-2009)?
FM Surgimos em uma época em que ainda
estava em pleno jardim da infância a utilização da Internet como veículo
formador de opinião, principalmente no que diz respeito à reflexão crítica
sobre arte e cultura. Nossa grande oportunidade foi a de representar o papel de
pioneiro em muitas vertentes, não somente na utilização do ambiente virtual
como de melhor definição de intercâmbio cultural entre diversos países,
especialmente no caso de Portugal e América Hispânica. Tudo isto reforçado por
nossa opção de equilíbrio entre o raro e o comum, o conhecido e o ainda não
explorado, desde que tal escolha não ferisse a defesa mais legítima da
qualidade artística, da consistência de conteúdo etc. Era também vital para nós
mesclar as artes todas de uma maneira que não fosse apenas uma vitrina de
opções de entretenimento. Buscar estudos críticos sobre cinema, música, artes
plásticas etc., ao lado de estudos sobre literatura. Assim como entrevistas com
gente expressiva em todas essas áreas. Também criamos parceiros em países
estratégicos que permitiram boas parcerias na produção de alguns projetos, não
somente virtuais, mas também no mundo tangível, seja na edição de livros e
edições especiais de algumas revistas impressas, como também na realização de
eventos e na presença dos editores da Agulha
Revista de Cultura em vários encontros internacionais. A própria
curadoria geral da Bienal Internacional do Livro do Ceará, seguramente o
convite que recebi foi reflexo da atuação cultural da revista. Desta forma, o
balanço é o mais significativo para a cultura latino-americana como um todo.
Talvez ainda haja certa dificuldade em se reconhecer isto pela própria falta de
percepção do quanto poderia ser mais frutífero o diálogo entre as duas mídias.
WL O que aproxima e o que diferencia o
projeto editorial da Agulha Hispânica
em relação ao da Agulha Revista de
Cultura?
FM Toda operacionalidade editorial foi
mantida. A rigor, a alteração se deu em função de uma necessidade de criar uma
publicação essencialmente direcionada para a cultura de língua espanhola. Crescemos
muito na Agulha Revista de Cultura.
De repente, comecei a perceber que eu estava me afastando um pouco de meu
projeto original de intercâmbio e difusão da cultura de língua espanhola em
relação ao Brasil. Foi então uma decisão estratégica aguardar que a Agulha Revista de Cultura concluísse
da forma mais perfeita possível um ciclo, com seus 70 números publicados ao
longo de 10 anos. E sem prejuízo de espécie alguma, pois há em permanente
disponibilidade de acesso um índice geral de todo o nosso acervo de matérias.
Basta ir ao www.jornaldepoesia.jor.br/agindicegeral.htm.
Ou direto ao portal da revista: www.revista.agulha.nom.br.
Concluída esta primeira fase, pude então organizar os dois projetos, hoje
intitulados Projeto Editorial Banda
Hispânica e Projeto Editorial Banda
Lusófona, inserindo no primeiro deles a edição de uma nova revista, a Agulha Hispânica. Juntamente com ela,
criamos a Coleção de Areia, projeto
editorial de livros virtuais. Encerramos o primeiro ano de atividade dessa nova
fase com a publicação de seis números da revista e dez títulos da coleção. Há
novos projetos para 2011, já dentro desse ambiente mais amplo de parcerias em
diversas áreas, especialmente a de promoção cultural. Aguardemos.
WL Você tem falado de uma precariedade
existencial em nossa tradição poética, sempre determinada por uma feição
parnasiana. Poderia delinear melhor suas idéias a este respeito.
FM É quase como chover no molhado. Não resulta em nada, nosso plano literário é o
do diálogo entre surdos. Acho que de todos os ambientes artísticos é o mais
intragável. A vaidade do escritor é uma coisa estúpida. Igualmente sua
presunção e, em geral, quase sempre o resultado de sua arte é o mais pífio
possível. Cada vez mais temos menos escritores de grande expressão estética.
Talvez tenha sido a arte com menor fôlego para renovação estética desde
princípios da segunda metade do século passado até os dias atuais. Ao mesmo
tempo é a arte mais obtusa e presunçosa, repleta de tolos que estão a descobrir
a pólvora quase que diariamente. Creio que a frase minha que mencionas já traz
em si explicação suficiente. Sempre entendemos a poesia como mera pirotecnia,
um solar de efeitos especiais onde tradição e conteúdo importam menos que os
jogos sintáticos & demais pretensas desarrumações na casa dos versos.
Evidente que há uma fortíssima tradição poética no Brasil, que possui uma
grandeza estética e também existencial, duas forças inseparáveis na poesia. A
minha observação crítica naturalmente diz respeito aos cadetes
auto-benevolentes de nosso parnaso eterno. Pobres almas. Para uma viagem
inesquecível pelo rio sagrado dessa fortíssima tradição poética em muitos
casos, pouco lembrada ou menos ainda evocada , sugiro uma visita às páginas
dedicadas ao Brasil no Projeto Editorial
Banda Lusófona: www.jornaldepoesia.jor.br/BLBLbrasil.htm.
WL Nas artes plásticas, no cinema e na
literatura que se produz hoje a persistência de traços estilísticos e ideológicos do
surrealismo é notório. O que faz o surrealismo persistir com vigor enquanto outras
vanguardas já são história?
FM É um tema bem controverso. Literatura,
cinema, artes plásticas, em um painel assim tão amplo, inclusive pensando no
infinito de ambientes até mesmo geográficos que o leque inclui, evidente que
temos de tudo, seja em termos de variações estilísticas e ideais, quanto em
termos de teor estético, de consistência de linguagem, eventuais inovações,
corriqueiras reiterações & desinformações, um pouco de tudo, querido. Muito
do surrealismo que se verifica hoje é pura diluição, assimilável pela mídia e a
academia. Neste sentido, observa-se a persistência de uma atualidade, de um
frescor permanente, dotado de um particular poder de sedução, atrativo a agir
tanto quanto desafio estético como cais oportuno para ancorar borrões e
devaneios da linguagem artística em suas inúmeras áreas de atuação. Não é
possível? Essa aparente persistência não pode ser apenas assimilação ou mesmo
reflexo de falsa consistência ou incapacidade das artes em nosso tempo
avançarem na perseguição de novos alvos estéticos? Eu creio que somente na
leitura de casos específicos é que podemos desvendar os mistérios dessa
Esfinge.
Mas
veja bem, pensemos em Breton, ao dizer em uma conferência que toda a evolução
do surrealismo, desde sua origem até hoje, responde à preocupação, que jamais
nos abandonou, que para nós se tornou cada vez mais imperativa, de evitar a
todo custo considerar um sistema de conhecimento como um refúgio, à preocupação
de prosseguir, com todas as janelas abertas para o exterior, nossas pesquisas
próprias, de nos assegurar sem cessar que os resultados dessas pesquisas são
capazes de enfrentar o vento da rua. Esta preocupação, que dá ao surrealismo
uma configuração existencial, e não apenas a condição de regente de
estratagemas estéticos, provocou os mais variados tipos de busca de aproximação
e mesmo fusão entre as realidades interior e exterior, incluindo tropeços e
malogros de toda espécie. Como falaste em cinema, pensemos no recente Inception (2010), do inglês Christopher
Nolan (1970), a maneira como o enredo lida com o ambiente onírico, recordando a
inquietação de Breton, em Os vasos comunicantes, de que fosse possível
provocar certos sonhos em outra pessoa. Evidente que não se encontra aí
motivo suficiente para observar influência do surrealismo no filme de Nolan.
Então, começando por livrar-se do ardil requentado das generalizações, há que
tomar cuidado ao apontar influência do surrealismo até mesmo em surrealistas.
WL É possível diferençar o surrealismo
europeu do surrealismo hispano-americano ou não há diferenças significativas
entre eles?
FM Perfeitamente possível, tanto na
essência quanto no resultado. Mesmo considerando a zona de intersecção habitada
pela anotação onírica como meio de conhecimento de si mesmo, a evocação do
maravilhoso, a parabólica insofismável do acaso objetivo etc., mesmo assim há
uma área de distinção que tem por base a raiz do surrealismo, o motor de sua
aventura, que é o ambiente humano em todos os seus matizes que caracterizava a
Europa e a América Hispânica. De um lado o desgaste político-existencial
europeu; de outro, o espírito indomável de uma região que procurava descobrir a
si mesma. Basta pensar na feliz observação do argentino Francisco Madariaga, ao
dizer que: para mim, o Surrealismo não foi protesto, foi boda. Não me serviu
para rejeitar o mundo, mas sim para celebrá-lo. A realidade americana, com seus
excessos, já cumpre com a rebelião que os europeus deveriam levar adiante
através de seus ataques ao racionalismo. A expressão dessa realidade americana
vinculada a meu país natal sempre esteve em mim. O Surrealismo
me ajudou a encontrar a maneira. Foi uma revelação. Precipitou. Sugiro aqui a
reprodução de um trecho de meu livro ainda inédito Um pouco mais de surrealismo não causará dano algum à realidade:
A
rigor, a presença do surrealismo na América não está de todo configurada e
aceita pela crítica, nem mesmo por poetas e artistas. Há ainda intensa dosagem
de preconceito, irreflexão, desconhecimento e oportunismo. Inclusive certo
messianismo que o orienta, especialmente no plano moral, em muitos casos serviu
como obstáculo, impedindo assim uma aproximação vital entre as duas instâncias:
Novo Mundo e surrealismo. Evidente que a reforma integral de qualquer sociedade
jamais poderia ser tarefa a se realizar unicamente por um movimento cultural. O
poder transformador da poesia, por exemplo, não se verifica em um âmbito social
senão como reflexo de uma experiência interior. Está bem que a moral no
surrealismo sempre exaltou a paixão e a mistificação, porém a liberação do
inconsciente não fundamenta, em isolado, a revelação de um homem novo. Além
disto, há que reconhecer as distinções, no plano social assim como no poético,
em que respira o surrealismo em um e outro continente, bem como se modifica,
nos dois ambientes, com o passar do tempo. Luis Buñuel disse certa vez que,
diante do fato de que o surrealismo essencialmente buscava transformar o mundo
e mudar a vida, se olhássemos à nossa volta com sinceridade concluiríamos que
resultou em um fracasso completo. Ao mesmo tempo, o espírito do surrealismo
marcou profundamente o século XX e ainda hoje o encontramos em diversas obras,
como parte da realidade cultural que sublinha e contorna o cotidiano. Se não
dispomos do que se possa identificar como uma nova concepção do mundo, isto em
grande parte se verifica por não ter sabido o homem modificar a si mesmo.
WL Há alguns anos, tem surgido revisões
críticas do Modernismo tanto no âmbito ensaístico, como se vê nos trabalhos de
Paulo Franchetti e Rodrigo Petronio, quanto em teses acadêmicas defendidas em
universidades gaúchas e nordestinas. Exemplifico a direção dessa revisão com um
breve trecho de Paulo Franchetti, para quem a eleição do Modernismo como ponto
de culminância de nossa atividade literária acarreta dois problemas: Em primeiro lugar, essa escolha tende a gerar
uma apreciação esquemática dos períodos imediatamente anteriores, que, por
necessidade argumentativa e pela adoção das bandeiras modernistas pelo
historiador literário, acabam sendo apresentados como zonas cinzentas, sem
relevo, em que apenas se destacam os anúncios do que está por vir. ( ) Em
segundo lugar, a mesma idéia de chegada promove uma narrativa em que a
literatura brasileira vai se formando como organismo ou sistema ao mesmo tempo em
que a nação, sendo esse momento de autonomia ou completude a segunda fase
modernista. Essa perspectiva promoveu ( ) um recrudescimento da identificação
romântica entre o nacional e o estético, entre a construção nacional e a
construção estética, que durante os anos 1960/1970 deu origem à perversa
polarização entre esteticismo e participação que marcou os debates
literários e a cena cultural brasileira de modo geral. Sua posição sobre o
modernismo, sobre Mário e Oswald em especial, tem sido ambivalente. Poderia
falar um pouco a respeito.
FM Ambivalente? Será que perdi alguma
parte da conversa? Vamos fazer o seguinte: reproduzo aqui, como reforço à tua
lembrança da boa reflexão do Paulo Franchetti, um trecho de ensaio do Lêdo Ivo,
uma valiosa analogia que traça entre o Ensaio sobre a história da literatura
brasileira (1836), de Gonçalves de Magalhães e as artimanhas de nosso
Modernismo de 22. Diz lá o poeta: A teoria literária de Magalhães não se
limita, pois, a pregar a autonomia estética, numa correlação de forças que,
abrangendo a apropriação do pecúlio romântico ocidental, corresponde ao
primeiro movimento de antropofagia cultural do Brasil, nesse particular
antecipando o Modernismo de 1922, o qual, em muitos dos seus aspectos, é uma
rumorosa e festiva repetição do primeiro e seminal Modernismo deflagrado em 1836,
como o comprovam os seus manifestos assemelhados, a postura
selvático/internacionalista de alguns de seus corifeus, e ainda a presença de
um francês em seu processo de detonação. Em lugar de Ferdinand Denis, como
anunciador de uma nova verdade estética, temos a figura de Blaise Cendrars,
cujo Kodak foi decerto o espelho em que Oswald de Andrade
se mirou para produzir Pau Brasil.
Este ensaio, não fosse mais ampla a luz que lança sobre o cenário de nosso
Modernismo, valeria tão-somente pela centelha de curiosidade em relação a
aspectos pouco conhecidos de nossa história literária. Não sei onde detectas
ambivalência no que penso acerca de Mário e Oswald de Andrade. Jamais declarei
a mínima simpatia pela poesia de ambos, menos ainda no que diz respeito a teorias
e regências do Modernismo. Mas confesso que o tema já me aborrece, demasiado
monocórdio, como se essas fossem acaso as
peças fundamentais desse momento na cultura brasileira.
WL Nos últimos estudos que tenho lido,
cada vez menos se enfatiza o papel do surrealismo na poesia de Jorge de Lima.
Gostaria que você tratasse sucintamente da presença do surrealismo em Jorge de
Lima.
FM Em primeiro lugar eu queria comentar
que a presença do surrealismo na obra do Jorge de Lima não se limita à sua
poesia, mas também à narrativa e em especial à curta aventura pelo território
da plástica, através das colagens que Mário de Andrade preferiu tratar como
fotomontagens. Refiro-me ao livro A
pintura em pânico (1943), no caso plástico, e ao romance A mulher obscura (1959). O ambiente
onírico em A invenção de Orfeu (1952)
é inquestionável, o que evidentemente não configura filiação do brasileiro ao
surrealismo. Porém no surrealismo o capítulo das afinidades não filiadas é de
uma riqueza imensa. Em muitos casos essa não-filiação foi utilizada como
recurso para negar, em alguns poetas e artistas, a presença do surrealismo em
suas obras. Mesmo a observação da conversão religiosa, em Jorge de Lima, não
pode ser vista como um obstáculo, porque essa perspectiva transcendentalista, para usar termo caro a Murilo Mendes, de que se
reveste sua obra e principalmente sua pessoa, aponta na direção de uma
descoberta de si mesmo e não de uma submissão ortodoxa de qualquer ordem. O
próprio Murilo observa: A natureza de Jorge de Lima é das mais ricas e
generosas que este país produziu até hoje. Essa natureza pagã, constantemente
sacralizada e aqui o advérbio se reveste de particular significação
forneceu-lhe o material de um agudo conflito, ao mesmo tempo em que lhe
apresentou os sinais da sua libertação, enfatizando que a pessoa, a vida e a
obra de Jorge de Lima ilustram essa verdade tantas vezes obliterada a vocação
transcendente do homem. Discutir sua obra sem perceber ou intencionalmente
descartando essa conexão vital é incorrer no mero exercício literário, que
não interessa à poesia em circunstância alguma.
[Novembro de 2010]
Floriano
Martins
(Fortaleza, 1957). Poeta, editor, ensaísta e tradutor. Criou e coordena o
Projeto Editorial Banda Hispânica (Fortaleza, Brasil), que inclui a revista
Agulha Hispânica. Dirige, juntamente com Soares Feitosa o Projeto Editorial
Banda Lusófona. Coordena a coleção Ponte Velha de autores portugueses da
Escrituras Editora (São Paulo, Brasil), para a qual já preparou mais de 30
títulos. Organizou algumas mostras especiais dedicadas à literatura brasileira
para revistas em países hispano-americanos: Narradores y poetas de Brasil
(Blanco Móvil, México, 1998), La poesía brasileña bajo el espejo de la
contemporaneidad (Alforja, México, 2001) e Poesía brasileña (Poesía,
Venezuela, 2006). Também organizou a mostra Poesia peruana no século XX
(Poesia Sempre, Brasil, 2008), ao mesmo tempo em que foi co-responsável pelas
edições especiais Poetas y narradores portugueses (Blanco Móvil, México,
2003), Surrealismo (Atalaia Intermundos, Lisboa, 2003) e Poetas y prosadores
venezolanos (Blanco Móvil, México, 2006). Esteve presente em festivais de
poesia realizados em países como Chile, Colômbia, Costa Rica, República
Dominicana, El Salvador, Espanha, México, Nicarágua, Panamá, Portugal e
Venezuela. Entre seus livros mais recentes se encontram: Sobras de Deus
(narrativa, Brasil, 2008), A alma desfeita em corpo (poesia, Portugal, 2009),
Fuego en las cartas (poesía, trad. Blanca Luz
Pulido, España, 2009), A inocência de Pensar (ensaios, Brasil, 2009), Escritura
conquistada. Conversaciones con poetas de Latinoamérica(entrevistas, 2 tomos,
Venezuela, 2010), La efigie sospechosa (poesía, trad. Marta Spagnuolo,
Costa Rica, 2010). Trabalha ainda com fotografia, colagem e design, tendo
realizado exposições e capas de livros. Curador da Bienal Internacional do
Livro do Ceará (Brasil, 2008), e membro do júri do Prêmio Casa das Américas
(Cuba, 2009). Professor convidado da Universidade de Cincinnati (Ohio, Estados
Unidos, 2010).
Wanderson
Lima
é poeta e ensaísta. Professor de literatura da Universidade Estadual do Piauí
UESPI e doutorando em
Literatura Comparada pela UFRN. Autor, entre outros, de Reencantamento do mundo: notas sobre
cinema (Amálgama, 2008), em co-autoria com Alfredo Werney.
Blog: O Fazedor
[revista dEsEnrEdoS - ISSN 2175-3903 - ano III -
número 8 - teresina - piauí - janeiro fevereiro março de 2010]