UM JANTAR, UM COMEÇO

ADRIANO ESPÍNDOLA SANTOS

Marcos me chamou para um jantar entre amigos. Foram seis convocados no total. Cada um ficou com a incumbência de levar vinho e petiscos finos, queijos etc. Não dou a mínima para o requinte, o que me importa é conversar com Marcos, que há cinco meses passa por um processo de depressão e ansiedade. Segundo ele mesmo, estava esse tempo sem “ver gente” e precisava conversar, por isso convidou só os mais chegados. Logo fui recebido por Débora, sua melhor amiga, que já estava muito bem instalada, com uma taça na mão, rodopiando pela casa, que não é assim tão grande. Meio sem jeito, me serviu, porque, apesar da amizade com Marcos, pouco me conhecia.

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LEMBRAR COMO ESPÉCIE DO IMAGINAR

Uma proposta neurofenomenológica sobre a memória como narrativa

 LUIZA PASSINI VAZ-TOSTES

 

RESUMO

Este artigo propõe uma formulação conceitual original: a de que lembrar constitui uma espécie do gênero imaginar. Com base em evidências da neurociência cognitiva — como a teoria da simulação episódica e os estudos da neuro-narratologia —, bem como em fundamentos da fenomenologia da memória e da teoria narrativa, sustenta-se que lembrar não é uma simples recuperação do passado, mas um processo de imaginação referencial. A memória é compreendida como forma simbólica de reorganização do vivido, ancorada em vestígios mas aberta à reconfiguração. A analogia espécie-gênero é tratada como operador epistemológico, e suas implicações éticas, estéticas e terapêuticas são exploradas à luz de sua validade externa em diferentes campos, como literatura, psicologia e educação.

Palavras-chave: memória, imaginação, narrativa, neurofenomenologia, identidade

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