DAS FERIDAS NARCÍSICAS EM “ELES ERAM MUITOS CAVALOS”

LUCAS NEIVA DA SILVA

Do espanto nasce a mestiçagem entre poesia e filosofia. Isso é discutido por Pucheu em Escritos da admiração, quando o poeta afirma que ambas se aproximam não tanto pela via da interrogação, da dúvida, mas pela via da exclamação. Da “exclamação das palavras que insistem em transbordar com o admirável” se materializa uma poesia-pensamento. Consequentemente, essa “miscigenação conduz da apatia ao páthos do admirável, do aético ao éthos do espanto”.

Pois bem. Nessa perspectiva, é possível pensar que o espanto que emerge da e na literatura possui um potencial filosófico. O acontecimento espantoso – ou, em um neologismo imperfeito, evento espantático, em analogia ao evento traumático da psicanálise – funciona como uma zona de indiscernibilidade e transdisciplinaridade entre o poético e o filosófico, na ordem do “o quê?” para o primeiro, e do “como?” para o último.

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PORQUE ERAM ELAS PORQUE ERA EU

CAILANI ALVES DE CARVALHO 

BRITO, Herasmo B. O. Porque Eram Elas Porque Era Eu. São Paulo: Patuá, 2025.

O livro intitulado Porque Eram Elas Porque Era Eu é uma obra que, além de narrar um romance entre três pessoas, também propõe ao leitor reflexões sobre literatura, filosofia, cinema e sobre a tendência neorregionalista, apresentando também personalidades de destaques nessas áreas. A obra é de autoria de Herasmo Braga de Oliveira Brito.

A obra foi publicada em 2025 pela editora Patuá, tem 152 páginas e é dividida em 10 capítulos curtos, que o autor não intitula, apenas numera. Os capítulos seguem uma cronologia, sendo organizados na ordem dos acontecimentos. Cada novo tópico corresponde a uma parte da história.

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